Sede no berço da águas

Dia 27/6/2015 reunimos cerca de 70 pessoas em torno de um tema fundamental para nossas vidas: a água. Biólogos, geógrafos, artistas, um climatologista e o mais importante, dezenas de moradores da região que buscam formas de participação para preservar o meio ambiente.

Assista o bloco de palestras na integra, abaixo!

 

Moradores debatem qualidade da água em Embu das Artes

CLIPPING: o blog Mural, da Folha de São Paulo, cobriu o evento “Sede no Berço das Águas”, promovido pela SEAE em 27 de Junho de 2015. A notícia também foi destaque no portal da Folha, caderno Cotidiano.

Confira:

Moradores debatem qualidade da água em Embu das Artes

A Sociedade Ecológica Amigos de Embu – SEAE organizou no sábado (27) o evento “Sede no Berço das Águas”, que reuniu estudiosos do meio ambiente, moradores da região, pesquisadores e interessados em debater o tema e pensar em soluções, no município de Embu das Artes, na Grande São Paulo.

A iniciativa foi apresentada pelo presidente da SEAE, Rodolfo Almeida, 33, e surgiu da necessidade em informar à população sobre a gravidade da poluição nas águas da cidade, que tem 59% do seu território em Área de Proteção aos Mananciais, pertencentes aos sistemas Guarapiranga e Alto Tietê. Contudo, até 2010, apenas 15% dos 44% de esgoto coletado era tratado.

Os geógrafos Helga Grigorowitschs e Marcos Ummus abordaram a importância das áreas florestadas para a manutenção das bacias hidrográficas em Embu das Artes – compostas pelos rios Cotia, Embu-Mirim e Pirajuçara –, o mapeamento da ocupação do solo e a qualidade das águas.

O rio Embu-Mirim é responsável por um terço da composição do sistema Guarapiranga, que abastece São Paulo e a região metropolitana. “Em 2010, 51% das Áreas de Preservação Permanentes nas várzeas do rio Embu-Mirim estavam irregulares, com grande ocupação industrial”, afirma Marcos.

Com isso, a água que vai à Guarapiranga, na zona sul da capital, chega com alta concentração de poluentes, antes de abastecer as casas das pessoas. “As várzeas são delicadas, pois conduzem rapidamente resíduos para os aquíferos, contaminando rio, córregos e até os poços das imediações”, aponta o geógrafo.

O socioecólogo Rafael Ummus abordou os parâmetros utilizados na mensuração da qualidade da água (físicos, químicos e biológicos) e os resultados de análises do rio Embu-Mirim, no ano de 2010.

“O nível de qualidade da água sofre altos e baixos, conforme o impacto dos outros rios e córregos quando atingem o Embu-Mirim”, comenta. “Essa piora decorre do esgoto doméstico depositado pelos córregos sem tratamento neste rio.”

O climatologista do INPE, Paulo Nobre, aponta a importância em mobilizar os moradores. “O desafio hoje é preservar a Reserva da Biosfera em Embu das Artes e região, que produz água potável e ar puro, além da necessidade do engajamento da população para cobrar ações a exemplo de Campinas, onde os esgotos estão em vias de serem 100% tratados”.

O público se dividiu em rodas para pensar em ideias possíveis de conscientização sobre os recursos hídricos. “É preciso transformar os dados técnicos em linguagem mais acessível; promover educação ambiental nas escolas, para atrair os jovens e comunidades”, afirma a jornalista Fabíola Lago, moradora de Embu.

Também falaram ao público Mauro Scarpinatti, da “Aliança pela Água” e Caio Ferraz, criador do documentário “Volume Vivo”.

SEAE

Criada por moradores da cidade, a entidade surgiu nos anos 1970 para atuar na preservação ambiental de Embu e região e desenvolve projetos educativos. Para conhecer e colaborar acesse o site.

Sílvia Vieira Martins, 33, é correspondente de Embu das Artes
@silviacomunica
silviamartins.mural@gmail.com

Evento Sede no Berço da Águas

20150618-BANNER-BERÇO-DAS-AGUAS-SEM-TEXTONossa região abriga os mananciais mais saudáveis da Região Metropolitana de São Paulo. Convidamos os moradores, ambientalistas, pesquisadores e educadores da região para conhecer o caminho das águas na região e os riscos aos mananciais e ao abastecimento diante das perspectivas futuras.
Vamos unir nossas vozes na busca de soluções coletivas para a crise de abastecimento que já afeta seriamente toda a Região Metropolitana de São Paulo.

Inscreva-se aqui e garanta sua vaga!

Programa:

14h30 – Abertura
15h – Apresentações:
– (15h00) Nossos mananciais: quantidade, qualidade e ameaças
– (15h30) Gestão do abastecimento na situação de Crise
– (16h00) Clima e perspectivas para inverno ainda mais seco
16h30 – Rodas de Conversação e Co-criação
17h00 – Compartilhamento da produção dos grupos e síntese
17h30 – Encerramento

Local: Hotel Almenat
Rua Águas Marinhas, 271
Embu das Artes – SP

Evento Gratuito

20150618 - EVENTO BERCO DAS AGUAS

Inscrição Evento Sede no Berço da Águas

20150618 - EVENTO BERCO DAS AGUASNossa região abriga os mananciais mais saudáveis da Região Metropolitana de São Paulo. Convidamos os moradores, ambientalistas, pesquisadores e educadores da região para conhecer o caminho das águas na região e os riscos aos mananciais e ao abastecimento diante das perspectivas futuras.

Vamos unir nossas vozes na busca de soluções coletivas para a crise de abastecimento que já afeta seriamente toda a Região Metropolitana de São Paulo.

Inscrições encerradas.

 

 

Confira o que rolou na Reunião do Conselho Gestor da APA Embu Verde

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Não pode ir à reunião do Conselho Gestor APA – Embu Verde? A gente te informa por aqui. E contamos com você nas próximas, ok?
A pauta hoje foi o informe da Câmara Técnica do conselho que apresentou andamento de dois projetos Educação Ambiental e Plano de Manejo:

Educação Ambiental, com duas ações: implantação de projetos Coleta Seletiva e Nomeação dos Córregos. E o diagnóstico para realização do plano de manejo.

Sobre o primeiro, a equipe da prefeitura informou sobre os contatos realizados até o momento em equipamentos públicos, tais como escolas, postos de saúde e também igrejas para implantação de bags, latas ou containers de acordo com cada localidade. Até agora, três pontos foram fechados e os demais em negociação.

 

Plano de Manejo, fique ligado: até dia 30 de junho o diagnóstico da empresa contratada será publicado no site da prefeitura. Depois serão abertas reuniões para avaliação de propostas nas seguintes datas (a serem confirmadas), por região:

  • 13 de julho, Capuava
  • 14 de julho, Tomé
  • 15 de julho, Itatuba.

No dia 29 de julho haverá uma reunião pública para aprovação das propostas para o plano de manejo. Os locais ainda serão informados, fique atento aqui na página da SEAE e PARTICIPE!!

A SEAE propôs dois novos pontos de pauta: a pavimentação da Estrada Barcelona e da Estrada Sadao Kikuti, que foram aprovadas no início da reunião. No entanto, como o conselho considerou a questão da multa da prefeitura por conta do desmatamento na obra da estrada Sadao Kikuti, como estava fora da área da APA, mas dentro da Área de Manancial da Guarapiranga, que o assunto fosse discutido no COMAM e não nesta reunião, apesar de insistirmos que, por ser uma questão de proteção ao meio ambiente, também deveria ser discutido nessa instância, mas não foi acatado.

Sobre a Estrada Barcelona, o Secretário de Desenvolvimento Urbano, Geraldo Juncal foi questionado por uma moradora sobre a completa falta de informações sobre a obra, datas, projeto, impacto ambiental, etc. Disseram que já estava sendo convocada uma reunião para este sábado (Oi?) para comunicar aos moradores. Ao perceberem do prazo absolutamente apertado para convocação, ao final da reunião disseram que marcariam uma nova data.

É importante frisar queas reuniões são abertas, os votos são dos conselheiros, mas qualquer cidadão de Embu pode se pronunciar. Portanto, compareça, confira as datas aqui na página da SEAE e chame o vizinho, os amigos, a associação do seu bairro. Sua presença é fundamental para proteger o meio ambiente.

Jornal Retrato: Em plena crise hídrica, prefeitura de Embu das Artes desmata área de preservação da Guarapiranga e leva multa da Polícia Militar Ambiental

A multa teve seu valor triplicado por tratar-se de reincidência. Recentemente o município também foi multado em R$ 100.800 pela CETESB pelo desmatamento na Estrada Sadao Kikuti, região da Área de Proteção aos Mananciais de Guarapiranga

 

20150601-JORNAL-RETRATO-EDITADO-Desmatamento-Ressaca-Embu“Apesar de ter sido presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê (CBH-AT), a administração do prefeito Chico Brito agride os mananciais em um momento de severa de crise hídrica”, afirma Rodolfo Almeida, presidente da SEAE (Sociedade Ecológica Amigos de Embu das Artes), entidade responsável pelas denúncias.

O motivo das multas é o alargamento da Estrada Sadao Kikuti, próxima ao condomínio Green Valey (Ressaca) que removeu uma enorme faixa de mata nativa que faz parte da Área de Proteção aos Mananciais de Guarapiranga, sem licenciamento, e foi alvo de multas por parte da Polícia e da CETESB.

“A Guarapiranga é abastecida também pelo Ribeirão da Ressaca, que alimenta o Rio Embu Mirim, este fornece 34% de toda a água fluvial da represa. Com a crise do sistema Cantareira, esse tipo de atitude coloca em risco a água na torneira de cada morador da Grande São Paulo, pois o sistema todo está no limite”, destaca o presidente da SEAE.

A Prefeitura teve o valor da multa da Policia Militar Ambiental triplicada devido ser reincidente, mas concordou com o Auto de Infração e assinou o TCRA 2993442 (Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental) no dia 21/5/2015.

20150601-JORNAL-RETRATO-CAPA-Desmatamento-Ressaca-EmbuNa avaliação da entidade, “o estrago só não foi maior graças a CETESB, que interditou a obra e multou a prefeitura em R$ 100.800,00”, (Auto de Infração (AIIPM) n° 72000702) por prejudicar a na Área de Proteção e Recuperação de Mananciais da Guarapiranga (APRM-G).

A obra segue embargada pela CETESB, até que a Prefeitura apresente estudos comprovando que o projeto respeita a legislação e não representa risco para a proteção dos mananciais.

“A SEAE faz parte da “Aliança pela Água”, que é uma coalizão de ONGs e sociedade civil para contribuir com a construção de segurança hídrica em São Paulo, por meio da coordenação das várias iniciativas já em curso e da potencialização da capacidade da sociedade de debater e executar novas medidas.”

 

 

 

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Plano de Desenvolvimento Integrado – PDUI 07/10 – 14h30

Plano de Desenvolvimento Integrado – PDUI

O PDUI – Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado, é um instrumento legal de planejamento, estabelece diretrizes, projetos e ações para orientar o desenvolvimento urbano e regional, buscando reduzir as desigualdades e melhorar as condições de vida da população metropolitana. Também fixa as bases de atuação conjunta entre estados e municípios.
As assembleias ocorrem de acordo com a liberação da agenda.

 

Conselho Gestor da APA – CGAEV
Reúne-se ordinariamente a cada 2 meses, na terceira terça feira útil do mês.
16/02
19/04
21/06
16/08
18/10
20/12

Conselho Municipal de Meio Ambiente – COMAM
28/01
17/03
19/05 remarcada para dia 02/06, às 14h no Parque Francisco Rizzo
21/07 previsto para 14h no Parque Francisco Rizzo
15/09
17/11

Subcomitê Cotia Guarapiranga (SCBH-CG)
Reúne-se mensalmente à primeira quinta feira de cada mês, às 9h30
Parque do Lago Francisco Rizzo, em Embu das Artes.

 

Reunião da Câmara Técnica de Projetos e Obras e Regularização Fundiária – CTPORF

Em plena crise hídrica, prefeitura de Embu das Artes desmata área de preservação da Guarapiranga e leva multa da Polícia Militar Ambiental

A multa teve seu valor triplicado por tratar-se de reincidência. Recentemente o município também foi multado em R$ 100.800 pela CETESB pelo desmatamento na Estrada Sadao Kikuti, região da Área de Proteção aos Mananciais de Guarapiranga

“Apesar de ter sido presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê (CBH-AT), a administração do prefeito Chico Brito agride os mananciais em um momento de severa de crise hídrica”, afirma Rodolfo Almeida, presidente da SEAE (Sociedade Ecológica Amigos de Embu das Artes), entidade responsável pelas denúncias.

desmatamento beira estradaO motivo das multas é o alargamento da Estrada Sadao Kikuti, próxima ao condomínio Green Valey (Ressaca) que removeu uma enorme faixa de mata nativa que faz parte da Área de Proteção aos Mananciais de Guarapiranga, sem licenciamento, e foi alvo de multas por parte da Polícia e da CETESB.

“A Guarapiranga é abastecida também pelo Ribeirão da Ressaca, que alimenta o Rio Embu Mirim, este fornece 34% de toda a água fluvial da represa. Com a crise do sistema Cantareira, esse tipo de atitude coloca em risco a água na torneira de cada morador da Grande São Paulo, pois o sistema todo está no limite”, destaca o presidente da SEAE.

A Prefeitura teve o valor da multa da Policia Militar Ambiental triplicada devido ser reincidente, mas concordou com o Auto de Infração e assinou o TCRA 2993442 (Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental) no dia 21/5/2015.

Na avaliação da entidade, “o estrago só não foi maior graças a CETESB, que interditou a obra e multou a prefeitura em R$ 100.800,00”, (Auto de Infração (AIIPM) n° 72000702) por prejudicar a na Área de Proteção e Recuperação de Mananciais da Guarapiranga (APRM-G).

A obra segue embargada pela CETESB, até que a Prefeitura apresente estudos comprovando que o projeto respeita a legislação e não representa risco para a proteção dos mananciais.

A SEAE faz parte da “Aliança pela Água”, que é uma coalizão de ONGs e sociedade civil para contribuir com a construção de segurança hídrica em São Paulo, por meio da coordenação das várias iniciativas já em curso e da potencialização da capacidade da sociedade de debater e executar novas medidas.

Revista APA Embu Verde

Capa revista Revista APA Embu VerdeA Revista APA Embu Verde: riqueza e fragilidade num território de conflitos, de distribuição gratuita(Baixe em PDF aqui), representa a síntese das pesquisas de campo e atividades de educação ambiental realizadas durante o projeto “Diagnóstico Socioambiental da Área de Proteção Ambiental (APA) Embu Verde: Educação Ambiental para a Sustentabilidade na Bacia do Rio Cotia”. O trabalho foi desenvolvido pela Sociedade Ecológica Amigos de Embu entre 2010 e 2012 e contou com o financiamento do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro/SP) e apoio do Instituto Florestal (IF/SP).

A publicação mostra que Embu das Artes possui importantes áreas que abrigam grande diversidade de espécies e de ecossistemas naturais, contando com significativos remanescentes de Mata Atlântica. Várias espécies encontradas na região estão ameaçadas de extinção, entre elas a onça-parda ou suçuarana (Puma concolor), a jaguatirica (Leopardus pardalis), o gato-maracajá (Leopardus wiedii), o gato-do-mato (Leopardus tigrinus), o gavião-pega-macaco (Spizaetus tyrannus) e o pavó ou pavão-do-mato(Pyroderus scutatus). Com relação à vegetação foram encontradas nove espécies botânicas ameaçadas de extinção: palmito-juçara (Euterpe edulis), canela-sassafrás (Ocotea odorifera), canela-preta (Ocotea catharinensis), canela-burra (Ocotea nectandrifolia), jacarandá-paulista (Machaerium villosum), ingá (Inga sellowiana), cedro (Cedrela fissilis), guamirim (Siphoneugena densiflora), guamirim-ferro ou ingabaú (Gomidesia tijucensis), em vários fragmentos visitados, inclusive algumas nos fragmentos em estágio inicial de sucessão.

O projeto gráfico e a diagramação foram feitos por Indaia Emília. A coordenação editoriale os textos são da Dra. Maria Isabel G. Correa Franco e de Indaia Emília. As fotos foram tiradas pelos pesquisadores, moradores da APA Embu Verde e outros colaboradores. Asilustrações foram feitas por Paloma de Farias Portela.

O projeto foi importantíssimo para a região, pois fomentou a produção de conhecimentos e ações educativas, e poderá contribuir significativamente com a elaboração do Plano de Manejo e de políticas públicas para o gerenciamento integrado dos recursos hídricos. A revista está sendo utilizada em atividades de educação ambiental nas escolas da região.