SEAE é homenageada pela PostALL LOG

Você sabia que as ações solidárias além de proporcionar algo bom para quem recebe é imensamente igual para quem faz!

🤝💕😉Parabéns a @postalllog pela iniciativa! 👏👏👏Hoje gostaríamos de agradecer a PostALL LOG pela ação solidária, reconhecimento e apoio nas nossas ações, por acreditar que juntos somos muitos muitos fortes e que cuidar da natureza e das pessoas, é imprescindível para hoje e às futuras gerações!

Carta compromisso ambiental eleição 2020

A Associação Zona Oeste Cidadã – O Observatório, Sociedade Ecológica Amigos do Embu (SEAE) e Movimento Transition Granja Viana elaboraram um Manifesto Social e AMBIENTAL (MS) para garantir o compromisso dos candidatos ao pleito político municipal da região Sudoeste de SP.

Todo candidato que deseja se posicionar e comprometer com essas questões pode assinar o compromisso aqui e ter seus dados divulgados para a população e associações que estão acompanhando e apoiando o movimento.

Nos objetivos centrais desse manifesto estão inclusas as obrigações quanto à elaboração de políticas públicas, à conservação e preservação do meio ambiente e à eficiência do setor público.

Abaixo relacionamos os dados dos candidatos que assinaram até a data de 28/10/2020 na ordem em que foram recebidos.

Nome Completo Cidade Cargo a que se Candidatou Partido Numero Perfil/Site
VANESSA ADERALDO DE SOUZA Embu das Artes Vereador CORAGEM PARA RENOVAR 65922 Link
Marcia Catunda Cotia Vereador Partido Verde 43016
LYLIAN MARTINS SILVA Cotia Vereador PSC 20222
MARIA GORETI CAMARANO Cotia Vereador PARTIDO VERDE 43333 Link
Otavio Silva Rodrigues (Mandato Coletivo Garantia de Luta) Embu das Artes Vereador PT 13013 Link
Adriana Maria Madeira Abelhao Itapecerica da Serra Vereador Psol 50505 Link
Abidan Henrique da Silva Embu das Artes Vereador PDT 12012 Link
Dr Almir Embu das Artes Vereador PSDB 45600 Link
Iunar Cristina do Nascimento Embu das Artes Vereador PDT/PODEMOS 19005 Link
Euclides Marçal de Souza Embu das Artes Vereador PROS/Coragem para renovar Embu das Artes PT/PCdoB/PROS/PSOL 90433 Link
Joao Caetano Paixão EMBU DAS ARTES – SP Vereador PROS-90 90 Link
Paulo Sergio Generoso COTIA Vereador PSD 55 Link
Ivan Tuber Embu das Artes Vereador PODEMOS 19001 Link
Andre Alcantara Cotia Vereador PMN 33 Link
Adalton Moreira de La Torre Embu das Artes Vereador PSL 17 Link
Ricardo Antonio Marcusso Carapicuiba Prefeito PSOL 50 Link
Halana Macale de Deus de Souza Embu das Artes Vereador PROS 90555 Link
Maria Carolina Luiz Rubinato Cotia Vereador PSOL 50007 Link
Patricia Oliveira Antoniolli Embu das Artes Vereador PT 13009 Link
Rochinha Mandato Coletivo Embu das Artes Vereador PDT 50007 Link
Peter Motta Calderoni Embu das Artes Vereador MDB 15 Link

EMBU DAS ARTES-DO VERDE AO CINZA

O presente artigo acadêmico é fruto de pesquisas e entrevistas realizadas em abril de 2017, pelas estudantes do terceiro ano de jornalismo da Faculdades Integradas Alcântara Machado – FIAM, Beatriz Siqueira e Rafaela Coriliano.

Embu das Artes: do verde ao cinza

A cidade, antes conhecida como “Capital da Ecologia”, tem sua área verde ameaçada

Por: Beatriz Siqueira e Rafaela Coriliano

Embu das Artes é uma cidade famosa pelas artes que produz e por sua Feira de Arte e Artesanato, que ocorre na região central, onde características históricas preservadas atraem turistas de todos os lugares.

Ficou também conhecida como “Capital da Ecologia”, por sua batalha pela preservação da natureza, com a realização do Primeiro Simpósio Ecológico no Brasil, em 1971, quando reuniu renomados especialistas em fauna, flora e recursos hídricos para refletir sobre os problemas ambientais, sobre a proteção e as dificuldades previstas e enfrentadas por governo e ambientalistas.

Apesar dos esforços, na urbanização desordenada ocorrida especialmente nas décadas de 70, 80 e 90, a falta de infraestrutura colaborou para um aumento significativo da poluição na cidade.

Em 70 km², o município possui hoje cerca de 260 mil habitantes, distribuídos desproporcionalmente. Cerca de 80% dos cidadãos se concentram na zona leste, região que dá continuidade à cinzenta mancha urbana de São Paulo.

Ainda hoje, esgotos são despejados nos rios e é possível observar as transformações na paisagem, causadas por enormes áreas desmatadas e despejo irregular de lixo nas ruas e terrenos.

O cenário entristece e impressiona os cidadãos, como revela a moradora Daniela Siqueira, 38 anos: “das mudanças ocorridas na cidade, o desmatamento é o que mais assusta, pela quantidade de imóveis construídos em áreas verdes. Já sobre o lixo, existe a coleta seletiva em alguns pontos, mas pouca aderência. Falta conscientizar a população para a importância da reciclagem”, comenta a moradora.

Celia Rodrigues Andrade, analista de sistemas, mora na cidade há 41 anos e expressa sua preocupação com o futuro do meio ambiente para a vida das pessoas: “é preciso preservar para garantir os recursos naturais para as próximas gerações. Temos estrutura para praticar ações, mas é preciso conscientizar a população”, desabafa.

POLUIÇÃO

Devido ao atual parcelamento urbano, Embu tem áreas com maior e menor concentração de poluição. A zona oeste conta com a Área de Proteção Ambiental (APA) Embu Verde, onde 15 km² de extensão abrigam espécies nativas de Mata Atlântica e a diferença do ar é sentida no clima ameno de toda a região oeste e central.

Já na região leste, que faz divisa com São Paulo, a concentração de poluição é maior. “Com poucas áreas verdes, a região também é afetada pelo ar mais poluído que recebe de São Paulo”, comenta Rodolfo Almeida, 34, presidente da ONG Sociedade Ecológica Amigos de Embu (SEAE).

A poluição hídrica em Embu das Artes apresenta problemas sérios, causados pela falta de tratamento de esgoto ou reaproveitamento de água, além dos resíduos jogados diretamente nos rios.

Um exemplo é o rio Embu-Mirim, responsável por 33% de toda a água da Represa Guarapiranga. Sua água está altamente poluída por esgoto residencial e por esgoto industrial: “o cidadão é cobrado na conta de água por coleta e tratamento da Sabesp, mas ela somente leva o esgoto da sua casa até o rio mais próximo e despeja lá, sem tratamento, sem proteção, e causa um mal terrível para natureza e para todo abastecimento da região metropolitana”, comenta Rodolfo.

EDUCAÇÃO E CONSCIENTIZAÇÃO

Para Rodolfo Almeida, a falta do convívio com o ambiente natural é a causa da falta de consciência ambiental: “muitas pessoas nasceram e cresceram sem nunca ter convivido com um rio limpo em que pudesse nadar, conviver com uma área verde em que pudesse colher uma fruta do pé ou sentir o sabor de uma verdura colhida na hora. Quem nasceu e cresceu longe disso não aprendeu a preservar essas coisas, pois é preciso conhecer para se preservar”.

O ambientalista afirma, ainda, que o desenvolvimento é outro empecilho para a conscientização: “viemos de uma cultura que nos ensina que o desenvolvimento é estrada e floresta é um obstáculo, sem pensar que precisamos preservar a natureza para ter um ar puro e água saudável para a nossa sobrevivência”.

Para reforçar a conscientização ambiental, Daniela Siqueira sugere como ideal a divulgação do tema em mídias e campanhas educativas que tornem o meio ambiente e a reciclagem parte do cotidiano do cidadão.

Celia Rodrigues diz que a conscientização deve começar nas escolas, desde o ensino infantil para as crianças já crescerem com a consciência de ajudar o meio ambiente.

Ambas as moradoras separam o lixo em suas residências. “Eu separo o lixo reciclável, porém o pessoal que coleta demora muito para pegar. Fazendo a separação, eu ajudo moradores da minha região que vivem coletando lixo reciclável para sustentar suas casas e alimentar seus filhos”, afirma Celia.

Em suas ações ambientais, a SEAE promove palestras com especialistas sobre Saneamento Ecológico, Conservação de Fauna e Flora, Análise da qualidade da água, oficinas de horta vertical, bombas de semente, jogos educativos, ações de plantio, entre outros.

Questionado sobre os motivos de a ONG ter pouca visibilidade na cidade, Rodolfo informou que a ONG atua de forma autônoma, sem vinculação político-partidária e conta somente com voluntários para realizar suas atividades.

Conta ainda que o posicionamento já trouxe problemas com o poder público, que tentou denegrir a imagem da associação, com boatos de que os ambientalistas são contra moradia e emprego:

“É lógico que em todos os seguimentos existem setores radicais, mas não é o caso da maioria da área ambiental. Na Sociedade Ecológica Amigos de Embu, ajudamos, damos soluções para que todos tenham uma moradia digna, com conforto, boa qualidade do ar e área verde, com acesso a água limpa ambiente equilibrado”.