NOVA APROVAÇÃO PLANO MANEJO

 

Em Embu das Artes, Plano de Manejo tem nova aprovação com nove abstenções

Sociedade Ecológica Amigos de Embu se absteve do voto; entenda o porquê

Por Rodolfo Almeida

Na última quarta-feira, 20 de setembro, ocorreu em Embu das Artes a assembleia extraordinária conjunta dos conselhos COMAM (Conselho Municipal do Meio Ambiente) e CGAEV (Conselho da Área de Proteção Ambiental Embu Verde), para tratar da delicada pauta “Aprovação do Plano de Manejo da APA Embu Verde”.

O tema proposto pode causar estranheza, uma vez que o documento já foi aprovado pelos conselhos, no final de 2015, mas seu teor mereceu novas avaliações devido ao seu estado incompleto e com erros.

A nova aprovação ocorreu por 11 votos favoráveis, sendo 10 de representantes da prefeitura, mais a ACISE (Associação Comercial e Industrial de Embu das Artes), contra nove votos de representantes da sociedade civil, entre eles a Sociedade Ecológica Amigos de Embu (SEAE), que se abstiveram por entenderem que o documento ainda não está terminado.

Considerações da SEAE

Entendemos que o Plano de Manejo é fundamental para a preservação da APA Embu Verde, pois ainda que longe o ideal ele promove alguma proteção ambiental, mas artigos de grande importância – especialmente os que protegiam a APA de alterações nocivas do Plano Diretor – foram estranhamente deixados de fora das correções necessárias.

Desse modo, nos vimos sem opção, pois se votássemos a favor, estaríamos de acordo com a aprovação de algo incompleto e ilegal, então nos abstivemos da votação, com justificativa. Acreditamos que uma nova aprovação do Plano de Manejo deveria ser proposta somente quando todas as 56 páginas de apontamentos da Fundação Florestal fossem reparadas.

Entenda

Apesar de, na época, a prefeitura ter forçado a votação nos Conselhos, o documento foi reprovado na segunda fase, que é feita pela Fundação Florestal do Estado de São Paulo. O órgão barrou o documento e a ação rendeu um relatório técnico com 56 páginas de considerações importantes a serem reparadas pelo município.

Desde então, prefeitura e Ferma (empresa contratada para conduzir a elaboração do documento) vêm atuando para corrigir os erros, mas ainda há um longo caminho a percorrer. Mais especificamente, 16 páginas.

Conforme informações apuradas ela SEAE, a prefeitura corre o sério risco de ter de devolver cerca de 250 mil reais que obteve para desenvolver o Plano de Manejo, por atraso na entrega do documento que já dura cerca de três anos. A situação a colocaria como inadimplente, além de impedida de obter novos financiamentos e repasses de verba.

Como o prazo dado pela Fundação Florestal para as devidas correções está em vias finais, a prefeitura espera que a o órgão aceite suas justificativas e aprove, apesar dos problemas ainda restantes em 16 páginas.

Agora o Plano será novamente avaliado pela Fundação Florestal e, caso seja aprovado, se tornará projeto de lei a vai a aprovação da Câmara de Vereadores.

 

FOLHA SP: PLANO DIRETOR

CLIPPING: saiu na Folha de São Paulo a cobertura da audiência pública para a revisão do Plano Diretor. Confira na íntegra:

MORADORES SE REVOLTAM CONTRA MUDANÇAS EM PLANO DIRETOR DE EMBU DAS ARTES

 

Francisco, da Sociedade Ecológica, fala na tribuna os argumentos contra o projeto. FOTO: Silvia Vieira Martins
Francisco, da Sociedade Ecológica, fala na tribuna os argumentos contra o projeto. FOTO: Silvia Vieira Martins

Na segunda-feira (19), moradores da cidade de Embu das Artes, ao sudoeste da Região Metropolitana de São Paulo, lotaram a Câmara Municipal, onde foi apresentado o Projeto de Lei Complementar nº 10/2016, que altera o Plano Diretor em 12 pontos que incluem a redução de áreas de interesse ambiental e interesse social.

Uma breve apresentação da revisão, feita pelo Secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, José Ovídio, ressaltou a priorização de Zonas Urbanas Consolidadas e Empresariais, sob o argumento de atender às demandas já existentes nos locais.

A explicação causou descontentamento entre o público presente, que se manifestou totalmente contrário. A maior insatisfação se deu em relação a três áreas de interesse ambiental, que seriam substituídas por áreas urbanas; e três áreas especiais de interesse social, que seriam substituídas por áreas urbanas e empresariais.

Ao todo, 29 moradores pediram a fala e exigiram a suspensão da audiência pública, apoiados por entidades de lutas sociais, movimentos de moradia e movimentos ambientais. Entre as associações, estavam presentes membros da Ordem dos Advogados do Brasil e da Sociedade Ecológica Amigos de Embu, atuantes há mais de 40 anos na cidade.

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APA POSSE DO CONSELHO

Novo Conselho Gestor da APA Embu Verde é empossado

Titulares e suplentes receberam o certificado da prefeitura

Titulares e suplentes do Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental (APA) Embu Verde, eleitos em 28 de agosto para o biênio 2016-2018, tomaram posse na última segunda-feira, 12 de setembro, no Centro Cultural Mestre Assis.

Em rápida cerimônia, o certificado foi entregue pelo Secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, José Ovídio, e equipe.

Ao todo, compõem o conselho 20 vagas, distribuídas paritariamente entre poder público e sociedade civil. As vagas do poder público são definidas pela própria prefeitura. Já entre os representantes da sociedade civil, as vagas foram divididas para ONGs e OSCIPs; associações de moradores; entidade de classe ou associação técnico científica; entidade empresarial e moradores do município.

Entre as atribuições do conselho gestor, estão os estudos das diretrizes federais, estaduais e municipais para o uso inteligente do espaço, visando o bem-estar social, proteção do Patrimônio Natural, atuação e desenvolvimento sustentável para a região; auxiliar no processo de criação, revisão e implantação do Plano de Manejo, documento técnico específico da região da APA para determinar as permissões de uso e ocupação do solo.

+ Veja como foi a preparação da sociedade civil para o processo de eleição

+ Saiba como foi a votação para cada candidato

Confira os conselheiros empossados  

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Indicados pela SEAE para representar a sociedade civil /Foto: PMETEA
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Titulares e suplentes da sociedade civil e poder público tomam posse do Conselho Gestor da APA Embu Verde /Foto: PMETEA

SOCIEDADE CIVIL:

ONG’s ou OSCIP’s:
Sociedade Ecológica Amigos de Embu (SEAE)
Casa de Cultura Santa Tereza

Associação de Moradores:
Associação de Moradores Chácara Bartira
Condomínio Vila Real – Moinho Velho

Entidade de Classe ou Associação de Ensino e Técnico Científicas:
OAB Ordem dos Advogados do Brasil Subseção de Embu das Artes

Entidade Empresarial:
Associação Comercial, Industrial e Serviços de Embu – ACISE

Moradores do Município:
Rosana Correa Cortes
Francisco Carlos Maia Muniz Mourão
Sandra Regina Audi
Edson Pereira Lopes

PODER PÚBLICO:
Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano:
José Ovídio Peres Ramos
Carlos Labriola Sandler
Daniel Figueira de Mello P. da Costa

Secretaria de Turismo:
Francelina Martins da Silva Oliveira
Maria Cleumilda Macedo

Secretaria da Educação:
Célia Balsi
Erika Rybczynski

Secretaria da Saúde:
Aida de Souza Mendonça
Angela Fukushima

Companhia Pró-Habitação:
Luís Fernando Honório Marques
Douglas André Wolff

Sabesp:
Nelson Carlos Fiusa
José Benício Filho

ELEIÇÃO APA: RESULTADO

CLIPPING: os jornais Folha do PirajuçaraJornal D’aqui e São Lourenço Fácil publicaram o nosso release com o resultado da eleição do CGAEV. Confira:

 Sai o resultado das eleições do Conselho Gestor da APA Embu Verde

Indicados pela Sociedade Ecológica Amigos de Embu obtiveram a maioria dos votos

No último domingo (28) aconteceu a eleição para o Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental (APA) Embu Verde para o próximo biênio. Das 09h às 16h, eleitores do município com documento de identificação e título de eleitor puderam votar em até 10 candidatos para compor o Conselho.

A SEAE indicou nove representantes para uma “Chapa Verde” que foram eleitos, sendo eles:

– Rosana Cortes, Sandra Audi, Francisco Maia e Edson Lopes, na categoria “População Residente;

– Casa de Cultura Santa Tereza e SEAE, para a categoria ONG ou Oscip;

– OAB, para “Entidade de Classe ou Associação de Ensino e Técnico Científicas”;

– Associação de Moradores Chácara Bartira e Condomínio Vila Real – Moinho Velho, na categoria “Associação de Moradores”.

Segundo informações da Prefeitura da Estância Turística de Embu das Artes, o número total de eleitores chegou a 366, mas 22 votos foram anulados por falta do documento título de eleitor, requisito exigido no edital que regia a eleição.

Confira os votos de cada candidato:

ONGs ou OSCIPs:

Casa de Cultura Santa Tereza – 191

Instituto Embu de Sustentabilidade – IES  – 84

Sociedade Ecológica Amigos de Embu (SEAE) – 240

Votos em branco – 33

Votos nulos -8

Associação de Moradores:

Associação de Moradores Chácara Bartira – 236

Condomínio Vila Real – Moinho Velho – 189

Loteamento Meu Recanto –  35

Votos em branco – 9

Votos Nulos – 55

Entidade de Classe ou Associação de Ensino e Técnico Científicas:

OAB Ordem dos Advogados do Brasil Subseção de Embu das Artes –   203

Votos em branco –  126

Entidade Empresarial:

Associação Comercial, Industrial e Serviços de Embu – ACISE – 79

Votos em branco – 262

População residente no Município:

Edgard Moacyr Fischer – 48

Edson Pereira Lopes – 176

Eunice Maria da Silva – 48

Francisco Carlos Maia Muniz Mourão -189

João Carlos Christophe da Silva – 20

Rosana Correa Cortes – 217

Sandra Marisa Citadini Russo – 60

Sandra Regina Audi – 188

Votos em branco – 41

Votos Nulos – 18

 A importância do Conselho Gestor

A APA é uma Unidade de Conservação. O Conselho Gestor, como o próprio nome sugere, tem a responsabilidade de gerir o que acontece dentro da Unidade de Conservação.

A sua composição é paritária, ou seja, as vagas são igualmente distribuídas entre poder público e sociedade civil. Para a APA Embu Verde, o poder público ocupa 10 cadeiras e os representantes de sociedade civil ocupam outras 10.

Eleger pessoas e entidades comprometidas com as comunidades locais é a única forma de tentar garantir que a população tenha seus interesses sobrepostos aos demais interesses.

Há muito que a especulação imobiliária ameaça a região. Enormes obras já causam desmatamentos, aterro de nascentes, deixam os animais sem lar e isso desencadeia uma série de acontecimentos, como atropelamento de fauna silvestre, além de diminuir a qualidade de vida dos cidadãos embuenses.

O Conselho Gestor define o uso inteligente da APA. Os candidatos eleitos, indicados pela SEAE, representam uma conquista para que as comunidades embuenses resgatem sua esperança.

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APA Embu Verde tem aprovado Plano de Manejo que permite desmatar 50% de sua Mata Atlântica

CLIPPING – Saiu nas agências O Globo, Estado, Exame em diversos portais o texto da SEAE sobre a aprovação do Plano de Manejo pelo Conselho Gestor da APA Embu Verde. Nos jornais locais a publicação ficou por conta do Jornal RNewsJornal Folha do Pirajuçara, Jornal D’aqui e Portal Viva Cotia.

O texto foca o desabafo de moradores e ambientalistas sobre a permissão para desmatamento de 50% da Mata Atlântica e a fragilidade das leis ambientais para o local. Confira:

APA Embu Verde tem aprovado Plano de Manejo que permite desmatar 50% de sua Mata Atlântica

Documento aprovado pelo Conselho Gestor  da vegetação de Mata Atlântica em estágio médio de regeneração

Pavão do Mato (Graciela Dias)
Pavão do Mato (Graciela Dias)

A 10º Assembleia Ordinária do Conselho Gestor da APA Embu Verde – CGAEV, realizada na terça-feira (15) às 15h30, no Centro de Referência da Mulher, Embu das Artes, trouxe em pauta a aprovação do documento Plano de Manejo da Área de Preservação Ambiental Embu Verde.

Carlos Sandler, secretário adjunto da Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano – SEMADU, comentou que o projeto, desenvolvido em dois anos, será publicado em dois volumes: o primeiro com textos técnicos e resumo das oficinas participativas, e o segundo com mapas e mídias de banco de dados georreferenciados.

O Plano foi aprovado pela maioria dos conselheiros presentes, com único voto contrário, de Rodolfo Almeida, conselheiro representante da sociedade civil pela ONG Sociedade Ecológica Amigos de Embu – SEAE.

Rodolfo lembrou que a APA foi criada porque a região precisava de uma proteção maior para seu bioma de Mata Atlântica, além dos 50% já garantidos fora da área. Solicitou que “corredores de fauna, setores de preservação, conservação e conectividades pertencentes às áreas de Patrimônio Natural da cidade sejam alterados, para que a finalidade da APA seja cumprida”.

Segundo ele, “aquilo que for pleiteado pela população, desde que não seja ilegal ou inviável, precisa ser atendido, garantido por lei federal. Da forma que está, a prefeitura rasga a APA ao meio com o corredor empresarial e agora quer queimar metade”.

Discursos em tom de desabafo ocorreram em determinados momentos da Assembleia, onde moradores questionaram a baixa proteção de 50% da vegetação. Um resumo do documento já havia sido apresentado para a população, no último dia 10, que protestou e contestou diversos tópicos.

Gabriel Fidelis, morador e ex-funcionário público de Embu das Artes, falou em relação à condução dos temas ambientais no município: “alguns projetos básicos para salvar a questão ambiental não tem respaldo da prefeitura por problemas de gestão. Uma hora é falta de dinheiro, outra de funcionários. Aí a gente fica com um projeto que finge que dá certo, que gasta dinheiro com propaganda, mas é de mentirinha, é como acreditar em Papai Noel.”

Lucila de Moura, da Associação Ibioca, questionou o comprometimento das autoridades com a cidade, pela falta de ações para proteger os recursos naturais frente às mudanças climáticas: “O que está acontecendo não é correto, os animais estão ficando desabrigados e não teremos água para beber. Vocês são turistas, mas nós somos moradores e continuaremos aqui”.

Dora Carvalho, conselheira suplente da SEAE, se manifestou contra a ocupação empresarial na região: “a área deve priorizar interesses sociais, portanto não são galpões, mas sim escolas, creches e habitações que devem ir para lá”.

O secretário do SEMADU, José Ovídio, discursou para finalizar a reunião, onde afirmou que “a luta continua, pois a etapa em que o documento se encontra é o encerramento de uma formalização contratual e não a sua finalização de fato”.

Protestos marcam a apresentação do Plano de Manejo da APA Embu Verde

CLIPPING – Leia no Jornal Regional News a reportagem sobre a última reunião púbica do Plano de Manejo. Muitos moradores se manifestaram com faixas e cartazes, mas ainda assim a prefeitura insiste em manter a proteção apenas a 50% das matas.

Protestos marcam a apresentação do Plano de Manejo da APA Embu Verde

A Prefeitura municipal de Embu das Artes apresentou, na quinta-feira (10), às 18h, no Centro Cultural Mestre de Assis, o documento finalizado do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) Embu Verde.

Após a apresentação resumida dos principais tópicos, feita pela empresa contratada Ferma Engenharia, moradores e ativistas ambientais colaram faixas e cartazes em protesto quanto ao resultado do material, em elaboração desde meados de 2014, pelo não atendimento das solicitações da população para maior proteção ao bioma de Mata Atlântica e mananciais.

Com sala cheia, moradores e ativistas protestam com faixas e cartazes
Com sala cheia, moradores e ativistas protestam com faixas e cartazes

 

Os apontamentos dos moradores ocorreram durante as oficinas participativas (em julho e setembro/2015) e também por meio de inúmeros ofícios, protocoladas na prefeitura, após meses de dedicação e estudos dos materiais que compõem o documento.

O secretário adjunto do Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (SEMADU) Carlos Sandler, tomou a palavra para algumas considerações e logo abriu a fala ao público, em três blocos de cinco perguntas.

Os temas mais contestados foram: baixa proteção à Mata Atlântica, definida em 50% no documento; prioridade de recursos hídricos, atualmente categorizada em nível mediano; permissão para construções em corredores de fauna; não restrição de indústrias e galpões dentro da APA; texto de lei correspondente aos maciços florestais em conflito com leis estaduais e federais.

Por diversas vezes um agito tomou conta dos participantes, descontentes com as respostas da prefeitura. Wilson Nobre, morador da cidade e especialista em negócios sustentáveis, argumentou que “60 itens, considerados cruciais para a proteção efetiva da APA, que é o objetivo do Plano de Manejo, não foram aderidos e a prefeitura não apresentou resposta qualificada para o não atendimento”.

A moradora Rosana Cortes declarou que a população não considera o documento concluído, pois “diversos itens estão de forma superficial e precisam de detalhamento e supervisão para evitar brechas na lei e ter fiscalização adequada”.

A prefeitura informou que as sugestões viáveis técnica e financeiramente foram contempladas no documento e que o mesmo ainda pode sofrer alterações mediante decisão do Conselho Gestor e outras atividades.

“Nosso entendimento é que a prefeitura, ao garantir a proteção de apenas 50% da mata, está condenando os outros 50% à destruição por conta da especulação imobiliária, que atua livremente na região, sem qualquer legislação restritiva. Solicitamos, nas oficinas, que os maciços florestais tivessem a proteção entre 70 e 90%, para garantir que essas áreas tivessem amparo maior e se tornassem mais resistentes à especulação, mas os valores não foram negociados, revela Rodolfo Almeida, presidente da Sociedade Ecológica Amigos de Embu – SEAE.

Ele comenta ainda que “é urgente que a população pressione a prefeitura para aumentar ao menos a área de proteção mínima”.

Agenda

Segundo a prefeitura, o encerramento e a aprovação do Plano de Manejo, como está, tem previsão para ocorrer na próxima reunião do Conselho Gestor da APA Embu Verde, na próxima terça-feira (15), às 15h30, no Centro de Referência da Mulher de Embu das Artes.

 

Abaixo assinado eletrônico! Salvem a APA Embu Verde!

20151213-BANNER-Plano-de-manejo-abaixo-assinadoO Conselho Gestor da APA aprovou o Plano de manejo com autorização para suprimir 50% das Matas. A prefeitura precisa rever esse absurdo! Precisamos pressionar o poder público!

A APA está a 25km da Av. Paulista, mas possui grandes maciços de Mata Atlântica com animais em extinção, como a Onça Parda e o Gavião Pega Macaco. Apesar de sua importância ela está desde 2008 esperando a ELABORAÇÃO do Plano de Manejo, que definirá as regras de proteção ambiental.

Agora que a prefeitura contratou uma empresa para fazer o diagnóstico e o plano chegou a etapa final, a prefeitura anunciou que vai proteger apenas 50% da área florestada, ou seja o valor mínimo aceito pela lei federal, deixando o restante a mercê da especulação imobiliária. Eles podem e devem colocar uma restrição MAIOR ao desmatamento PARA ATENDER A LEI QUE CRIOU A APA EMBU VERDE, assim como muitas outras cidades fizeram.

A região tem sofrido grandes desmatamentos legais e ilegais, devido a falta de uma legislação mais restritiva na região e agora que o Plano de Manejo está sendo criado para implantar as regras efetivas de Proteção Ambiental, a prefeitura se recusa a proibir indústrias e galpões, bem como de utilizar uma porcentagem de proteção maior que 50%.

Apesar dos protestos da população o Plano de Manejo da APA Embu Verde está prestes de ser aprovado e precisamos pressionar o prefeito, secretário de Meio Ambiente e técnicos para que acatem a voz das ruas e implantem restrições significativas.

Nosso pedido é simples, todos os lotes NOS SETORES DE PRESERVAÇÃO, CONSERVAÇÃO e CONECTIVIDADE AMBIENTAL devem preservar no mínimo 80% da vegetação, independentemente do estágio. Somente assim a fauna, flora e recursos hídricos da APA poderão persistir ao longo dos anos.

Participe do abaixo assinado:

http://paneladepressao.nossascidades.org/campaigns/853/

 

Plano de Manejo da APA Embu Verde permite desmatamento

CLIPPING – Leia no Jornal Regional News as observações da SEAE sobre o material do Plano de Manejo, publicado no site da Prefeitura de Embu das Artes.

O texto aborda os principais tópicos positivos e negativos e em como eles afetam a cidade.

Plano de Manejo da APA Embu Verde permite desmatamento 

Sete anos após a criação da Área de Proteção Ambiental Embu Verde, por lei Municipal nº 108/2008, a prefeitura está em vias de entregar o Plano de Manejo, documento técnico, elaborado após estudos específicos da biodiversidade e características socioeconômicas da região, que determina e restringe o uso daquele espaço.

A APA ocupa aproximadamente 16 km² do município, que possui pouco mais de 70.000 km², e compõe duas Reservas da Biosfera: a do Cinturão Verde de São Paulo e a de Mata Atlântica, protegida por Lei Federal nº 11.428/2006.

Sua criação partiu de iniciativa popular, após a identificação da necessidade de maior nível de proteção das espécies. Fora da APA, a permissão de desmatamento para áreas de Mata Atlântica já é de 50%.

Rodolfo Almeida, ambientalista e presidente da Sociedade Ecológica Amigos de Embu – SEAE, analisa que “se a prefeitura mantiver a proporção de 50% de desmatamento dentro da APA, não haverá proteção às espécies, como já vimos que era necessário. Será como se não existisse APA, pois terá as mesmas condições do restante da cidade”.

Entre outras contradições, no Plano de Manejo foram identificados corredores de fauna e foi criado um setor para proteger e garantir a passagem das espécies entre os maciços florestais. No entanto, este mesmo setor permite que sejam construídos muros e edificações que interrompem esses corredores de fauna.

Rodolfo aponta que “como as áreas delimitadas para a passagem de fauna já são muito pequenas, a obstrução desses fragmentos os tornará inúteis e aumentará os incidentes com fauna, como atropelamentos e eletrocussão”.

Participação popular no Plano de Manejo

Pela Lei Federal do Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC, para a elaboração do documento é necessária a participação da população diretamente afetada.

Para a APA Embu Verde foram realizadas oficinas participativas, nas quais a população solicitou que fossem restringidos mega galpões e indústrias, devido suas atividades serem responsáveis por grande devastação ambiental na cidade. Pela prévia do material publicado no site da prefeitura, o anseio popular não foi atendido e ainda não houve justificativa, com fatos e argumentos técnicos, para o não atendimento.

Além das oficinas, moradores se reuniram para estudar os materiais divulgados e protocolaram suas considerações no órgão municipal. Todos os apontamentos pediam maior nível de proteção à fauna e flora da região.

A última reunião pública do Plano de Manejo ocorre na próxima quinta-feira (10), às 18h, no Centro Cultural Mestre de Assis.

Entenda

A APA Embu Verde foi criada em 2008 para garantir proteção ao bioma de Mata Atlântica existente na cidade de Embu das Artes.

É uma Unidade de Conservação (UC) de uso misto. Isto é: abriga no mesmo espaço matas preservadas, residências e empreendimentos empresariais. Dessa forma, precisa do documento Plano de Manejo para dizer como é que a proteção vai ocorrer efetivamente ali, para que haja o convívio e a preservação ambiental sem danos ao patrimônio natural.

Prefeitura publica mapas do Plano de Manejo

A Prefeitura publicou em seu site hoje, 4/12/2015, em seu site os mapas e textos finais do Plano de Manejo da APA Embu Verde.

A 3ª Reunião Pública para finalização do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental – APA Embu Verde, ocorre quinta-feira, 10 de dezembro, a partir das 18h, no Centro Cultural Mestre Assis, Largo 21 de Abril – Centro Histórico.

Acesse o material abaixo:

31 MacroÁreas31_1 MacroÁreas_zoneamento Municipal32 Setorização33 Áreas Prioritárias de Recuperação Ambiental e Urbana34 Setorização_ConectividadePlano de Manejo - Volume II - site_R00

Voce também pode acessar o material no site da prefeitura:
http://www.embudasartes.sp.gov.br/noticia/ver/8518

 

Reunião Pública do Plano de Manejo

naturezaA SEAE convida você, seus amigos, vizinhos e familiares a participarem conosco da ÚLTIMA OFICINA do Plano de Manejo da APA (Área de Proteção Ambiental) de Embu das Artes.

Foi uma longa jornada até aqui e a participação de todos foi muito importante. Mas é nessa próxima oficina que poderemos definir e cravar no mapa as efetivas proteções ambientais.

 

EVENTOS:

REUNIÃO PÚBLICA DA PREFEITURA:

Inicialmente prevista para 10/12 (quinta-feira) – 18h

Centro cultural Mestra Assis

 

ENTENDA:

O Plano de Manejo é um documento técnico constituído por especialistas para proteger o ambiente de uma Unidade de Conservação. É obrigatório para toda APA e feito após delicados estudos regionais, que levam em conta aspectos como: climático, geográfico e também social. Além de assegurar condições adequadas para a fauna, flora e os recursos hídricos do local, o Plano de Manejo acaba contribuindo também para a qualidade de vida da população.

Por ser um documento que trata de um local misto, ou seja, com residências, a participação da população é muito importante para que sejam tomadas as melhores decisões. Por isso reforçamos o convite: venha e traga todos que puder, não precisa ser morador!