Cinedebate A LEI DA ÁGUA

cartaz_lei_o2Play_web (1)Cinedebate A Lei da Água realiza a apresentação do documentário brasileiro que explica a relação entre o novo Código Florestal e a crise hídrica brasileira para instituições de ensino e grupos, e estimula o grupo a um debate por soluções.

O filme mostra a importância das florestas para a conservação dos recursos hídricos no Brasil, e problematiza o impacto do novo Código Florestal, aprovado pelo no Congresso em 2012, nesse ecossistema e na vida dos brasileiros.

Trailer: http://bit.ly/aleidaaguatrailer

A qualidade e a quantidade de água que temos disponível está diretamente relacionada à legislação ambiental, um conjunto de normas que define, entre outros pontos, quais áreas de uma propriedade rural devem ser mantidas com a vegetação nativa, cultivadas ou restauradas.

As opiniões diversas e os exemplos práticos reforçam o tema central do documentário: a relação delicada entre a preservação das florestas, a produção de alimentos e a saúde dos nossos recursos hídricos.

As florestas são importantes não somente para a preservação da água e do solo, mas também para a produção de alimentos que necessitam a ação de polinizadores, tais como o café, o milho e a soja – produtos fundamentais para o agronegócio brasileiro.

O filme dá voz a agricultores e especialistas, apresenta técnicas agrícolas sustentáveis bem sucedidas e casos onde a degradação ambiental exacerbada impede a continuidade de qualquer tipo de cultivo ou criação de animais.

Conta ainda com a colaboração de cientistas e parlamentares que apoiam a Ação Direta de Inconstitucionalidade do novo Código Florestal no Supremo Tribunal Federal, e assume um compromisso com a sociedade brasileira ao mostrar como a lei ambiental afeta a vida de cada cidadão.

Entre os entrevistados, Raul Silva Telles do Valle, advogado e ambientalista do Instituto Socioambiental; Antônio Nobre, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) e Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa); Blairo Maggi, senador e empresário; Ivan Valente, deputado; Mário Mantovani, diretor de mobilização da Fundação SOS Mata Atlântica; Omar Bitar, geólogo; José Sarney Filho, advogado e político; Alceo Magnanini, engenheiro agrônomo e consultor ambiental.

FICHA TÉCNICA

A LEI DA ÁGUA

documentário, Brasil, 2014, 78′
Produção: Cinedelia, em coprodução com O2 Filmes

Distribuição: O2 Play

Direção: André D’Elia

Uma parceria:

Instituto Socioambiental – ISA
WWF-Brasil
Fundação SOS Mata Atlântica
Associação Bem-Te-Vi Diversidade
Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS)

Mobilização social e circuito alternativo de exibição: Taturana Mobilização Social

Educa + Ação

A Prefeitura de Embu assinou em fevereiro de 2009, no Hotel Almenat, o protocolo de cooperação com o Banco Bradesco, a Fundação Bradesco e a Sociedade Ecológica Amigos de Embu para a implementação do Programa Educa+Ação, voltado para o 1º e 2º ano do Ensino Fundamental, que tem como objetivo melhorar a qualidade do ensino público promovendo a alfabetização até os oito anos de idade. Continue reading “Educa + Ação”

Fonte Escola

Desde o segundo semestre de 2006, através da parceria com a empresa Água Mineral Embu, a SEAE realiza inúmeras atividades gratuitas de educação socioambiental na Fonte dos Jesuítas, fornecendo apoio pedagógico aos educadores, complementação das atividades escolares e sensibilização com um olhar crítico voltado para as questões ambientais. Recebe grupos, entidades, escolas municipais, estaduais e particulares de Embu e dos municípios vizinhos. Continue reading “Fonte Escola”

Colhendo Sustentabilidade

Colhendo: Referência no Sudeste

“Quem planta, colhe”, diz o ditado popular. Um dos frutos do Projeto Colhendo Sustentabilidade foi receber a certificação do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2011, ficando entre os três melhores de todo o Sudeste. Um reconhecimento do trabalho desenvolvido desde 2008 em Embu das Artes, que sensibilizou e mobilizou mais de 230 famílias, promoveu assistência técnica agroecológica para inúmeros pessoas, implementou e manteve 13 hortas urbanas em áreas públicas e privadas, além de realizar feiras agroecológicas e bancas de comercialização de produtos orgânicos. Mas os ganhos vão muito além da certificação: mais saúde, qualidade de vida, geração de emprego e renda, alimentação saudável para as diversas comunidades.

Apesar de todo o reconhecimento das 13 comunidades e suas mais de 200 famílias que implantaram suas hortas, dos índices de melhora qualitativa de saúde, do interesse da comunidade acadêmica e da certificação da Fundação do Banco do Brasil pela sua Tecnologia Social, a Prefeitura de Embu das Artes, que começou como parceira em novembro de 2008, junto com o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome e a Sociedade Ecológica Amigos de Embu (SEAE), não renovou o convênio para continuidade ao trabalho. Chegou a publicar em seu site oficial que o motivo foi “a falta de sucesso” do projeto. Alegou também que não tem recursos para a renovação, porém tocaria as ações com equipe própria. Além de não renovar o projeto em outubro de 2011, deixou de pagar as duas últimas parcelas no valor de R$ 15.572,00.

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Para Cristiane Araújo, doutoranda da Faculdade de Saúde Pública (USP), cuja tese é sobre a experiência do Colhendo Sustentabilidade, a relevância do projeto está na importância para saúde humana e ambiental e sua interface com assistência social, saúde e meio ambiente. “Não é fácil reunir equipes intersetoriais, articular várias secretarias municipais simultaneamente, como foi o caso em Embu”, argumenta.

Por toda essa particularidade, duas universidades possuem grupos de pesquisas onde o projeto Colhendo Sustentabilidade é case de estudo: a UNESP de Botucatu, cujo foco da pesquisa é a “Extensão Rural Agroecológica”, e a Faculdade de Saúde Pública da USP, cujo foco da pesquisa é a “Relação da Agricultura Urbana Agroecológica com a Promoção da Saúde”.

Colhendo Saúde

Moradora há 26 anos do Santa Emília, Maria Teresinha de Freitas Silva, 53 anos, relata que a horta da UBS Santa Emília a tirou de uma grave depressão. “Me sinto rejuvenescida, com 15 anos de idade. Enquanto você está na horta, você esquece tudo”, entusiasma-se. O efeito multiplicador das várias localidades do projeto também chama a atenção. Os participantes passam a fazer hortas também em seus próprios quintais e quando não há espaço, até mesmo lajes e vasos são ocupados com verduras, legumes e ervas medicinais.

Maria Auxiliadora Silva Alves de Souza, técnica de enfermagem da mesma UBS, confirma a melhoria na qualidade de vida dos pacientes e usuários do posto de saúde com a implantação da horta. “Doenças crônicas como diabetes, depressão, pressão alta, estão com seus índices regulados. A alimentação saudável, o contato com outras pessoas, o exercício de plantar e colher fez com que as pessoas tivessem melhorias substanciais em suas saúdes. Hoje, sempre tem alguém regando a horta, cuidando das plantações, não importa o dia”, avalia a técnica.

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Quando o projeto foi proposto, Maria Auxiliadora disse que não acreditava que seria possível por conta do terreno, muito íngreme. “Foram os técnicos do Colhendo Sustentabilidade que nos ensinaram diversas técnicas e conseguimos plantar mesmo em um espaço tão acidentado”, conta.

A coordenadora do Grupo de Terceira Idade, Vera Lúcia Vicente Matiazzo, 61 anos, moradora há mais de 50 anos no Santa Emília, também comemora o fim de sua medicação depois das atividades no projeto Colhendo Sustentabilidade. “Não tomo mais remédio e espero não precisar novamente. Aqui é uma família, uma troca de confiança. Esse grupo ajuda muito. Aprendi a fazer reciclagem e composteira. Todos nós temos canecas personalizadas para não usar copos descartáveis. Fazemos almoços com os produtos colhidos da horta, o que nos deixa muito felizes”.

Na horta da Servidão, implantada no terreno cedido por dona Mara Barbosa da Silva, 59 anos, além de mais saúde e alimentação para as famílias participantes, o Projeto Colhendo Sustentabilidade pode gerar dois novos projetos que envolvem arte e música para as crianças, que acompanham seus pais nas atividades com a terra. As aulas são dadas por dois voluntários, pelo artista plástico e participante da horta, Adão Paulino Rodrigues, o Adam, 36 anos; e por Lucas Ciola, músico profissional, que trabalha arte e cultura a partir do resgate de cantigas populares, tai chi entre outras atividades.

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Resgate com a terra

“Nasci quando minha mãe estava plantando arroz. Conta que quando viu eu já estava no chão!”, brinca Adam. O grafiteiro, que já faz vários trabalhos em escolas públicas de Taboão da Serra, conta que quando chegou de Minas Gerais teve tanta saudade de mexer na terra que começou a plantar na laje de casa. “Desse seu primeiro projeto de horta urbana saíram jiló, quiabo e quatro pés de maracujá!”, contabiliza com orgulho.

Dona Mara, a moradora  do terreno, chegou como caseira no Vista Alegre há 43 anos. Mais tarde, conseguiu comprar a área com mais sete pessoas. “Tudo que sei sobre a terra aprendi com meu marido. Tínhamos uma horta, mas quando ele adoeceu não tive como cuidar. A mata aqui era virgem”. Foi por intermédio da filha que conheceu o Projeto Colhendo e resgataram o plantio.

“Aqui tem berinjela, couve, brócolis, três tipos de almeirão, quatro tipos de alface, cenoura, couve flor, chuchu, milho, quiabo, feijão normal e andu”, diz com orgulho Marta Freitas de Oliveira Rodrigues, esposa de Adam e ativista da horta. Quando ouviu falar da “horta do Vista Alegre”, conta que não imaginava o tamanho. “Aqui é de toda a família. Estamos todos integrados, inclusive com a associação de amigos do bairro. Todos nós moramos muito perto e chegamos aqui a pé, todas as terças e quintas. Todo mundo traz suas crianças”.

A baiana Claudelina Santos Miranda, 56 anos, conhecida como “Lau”, tem orgulho de olhar para a horta e lembrar que antes era somente mata.  Começou na horta do Servidão em maio de 2009 e ficou feliz quando passou a ser remunerada nas Frentes de Trabalho em 2010. Hoje, lamenta o fim do benefício desde setembro de 2011.

Custos e benefícios

Vale registrar que o valor total do convênio com a Prefeitura na segunda fase do projeto, 18 meses de atividade que foi iniciada em abril de 2010, representou um investimento de R$ 39,00 por família ao mês, menos do que o bolsa família, e capacitou mais de 200 famílias na produção própria de alimentos saudáveis, com grandes ganhos em saúde pública, reintegração social, autoestima e autossuficiência de pessoas carentes.

Para citar outro provérbio popular, o Colhendo Sustentabilidade “dá a vara, ensina a pescar”. Diferente de Programas como o Bolsa Família, que têm seus méritos, o Colhendo aponta para uma cidadania, para a capacidade de gerar renda, autonomia do Estado, além de integração social e autoestima, como vimos nos depoimentos de seus participantes.

Ainda assim, encontramos um jogo de desinformação no site da prefeitura, que alega que o convênio foi interrompido por conta de altos custos”. Noticia que investiu R$ 160.000,00, quando o valor total até o momento foi de R$ 116.790,00. Muito? Desde abril de 2010, só a Sociedade Ecológica desembolsou mais de R$ 230.000,00 no projeto, inclusive adiantando parcelas devidas pela prefeitura.

Convidamos a todos aqueles que entendem a importância de se criar uma cultura mais sustentável, uma cidade mais verde e criativa, com geração de emprego, renda, e principalmente saúde, abracem as hortas criadas pelo Projeto Colhendo Sustentabilidade e cobrem da prefeitura a sua manutenção. Mais do que isso, que elas tenham um efeito multiplicador, que seja uma ferramenta de cidadania.

Fim da horta de Itatuba!

Em Itatuba, a prefeitura desalojou os participantes da horta do Projeto que envolvia o trabalho de seis famílias, além de colocar em risco os vários equipamentos comprados ao longo dos últimos anos. Alega ainda “alto custo” para manter o convênio. Tratava-se da maior horta do projeto que chegava a produzir excedente para venda de orgânicos no centro, gerando renda para seus participantes.

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Instalados em um terreno público, a prefeitura desrespeitou o compromisso de manter o espaço por cinco anos para agricultura urbana. Um período necessário para o amadurecimento do projeto de capacitação em plantio agroecológico, bom para a saúde e para o meio ambiente dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) Embu Verde.

Em agosto de 2011, o terreno foi leiloado para a Hines, uma multinacional voltada a investimentos imobiliários, principalmente galpões de logística, por R$ 8,5 milhões. O Plano Diretor vigente na época não permitia galpões na região. “Acreditamos que o mínimo de responsabilidade social, seria a Hines manter o projeto em operação no local, pois a área de Itatuba cultivada pelos agricultores é de 5 mil m², e conta com patrimônios públicos comprados com recursos do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). No terreno também há uma agrofloresta que começa a produzir os primeiros frutos”, comenta Leandro Dolenc, presidente da SEAE.

Desmobilização em Embu das Artes

Por falta de recursos financeiros, os técnicos da Sociedade Ecológica Amigos de Embu não puderam mais acompanhar as atividades nas 13 comunidades envolvidas no projeto. A equipe lamenta, pois o trabalho mais difícil foi mobilizar as pessoas, ensinando-as a forma adequada para garantir alimentos saudáveis, sem agrotóxicos. Houve uma grande desmobilização dos grupos envolvidos no projeto, pois a Prefeitura de Embu das Artes não deu continuidade e assistência ao trabalho.

Infelizmente, a Prefeitura de Embu das Artes vai na contramão do desenvolvimento sustentável. A presidenta Dilma Rousseff disse recentemente, durante discurso, que o Brasil precisa da agricultura familiar para se “transformar em uma grande nação”. “Se de fato nosso objetivo é construir uma nação desenvolvida (…) é fundamental olhar para a agricultura familiar como um dos elementos estratégicos para que o Brasil seja de fato essa nação desenvolvida, essa nação sustentável e sobretudo para que nós tenhamos um tecido social de fato de classe média, um tecido social de agricultores familiares que tenham acesso à riqueza, que sejam agricultores familiares e não agricultores pobres”, afirmou.

Em Embu das Artes, quem perdeu foi a comunidade que precisa de renda, saúde e educação.

Por Fabíola Lago e Indaia Emília

Manifestação na Ressaca

Em manifestação contra a devastação na região da Ressaca, moradores realizaram o plantio de mudas de Araucária e espécies nativas. A prefeitura de Embu está realizando a ampliação de ruas existentes na Ressaca, duplicando ou triplicando a pista, sobre a mata nativa existente nas margens e até mesmo sobre a propriedade dos moradores. A obra não possui qualquer licenciamento ambiental, estudo de impacto ambiental, placa de autorização e desobedece até mesmo ao Plano Diretor, pois não respeita o trajeto do corredor empresarial. Apesar das diversas denúncias a Polícia Ambiental e a CETESB, as fiscalização tem sido leniente e deixado a obra continuar.

Observando Rios

Este sábado retomamos o projeto “Observando Rios” realizado em parceria com a SOS Mata Atlântica, com o apoio de Cesar Pegoraro, para avaliação do Ribeirão da Ressaca, no cruzamento da Rua João Batista Medina com a r.Ver. Jorge de Souza.

Para a avaliação utilizamos um kit de testes que possibilita a avaliação de 16 parâmetros, que incluem níveis de oxigênio, fósforo, PH, entre outros. Os resultados mostraram que a qualidade da água ainda está aceitável, mas já existe uma carga de esgoto residencial que compromete seriamente a vida de animais e plantas.

Para a atividade recebemos Livia Andreosi, antiga parceira da SEAE, Educadora em Geociências, Educadora Ambiental e professora do curso de Pedagogia da Faculdade Fernão Dias, de Osasco. Ela trouxe as alunas do 4 semestre do curso de Pedagogia que cursam a disciplina de Educação, Meio Ambiente e Sociedade.

Os participantes receberam informações do trabalho da SEAE, noções sobre as bacias hidrográficas, saneamento básico, a relação desse rio com o abastecimento da represa Guarapiranga e o tratamento dessa água pela SABESP para fornecimento aos moradores.