PALESTRA CERRADO INFINITO

CLIPPING: saiu nos portais Estadão, Agência Estado, Agência O GloboComunique-se, Primeiro Embuense e Regional News o nosso release com a cobertura do evento Cerrado Infinito,  com palestra, lançamento do livro do Projeto, do artista Daniel Caballero e passeio ao Parque Rizzo para identificar, na prática, exemplares da vegetação. Fique por dentro:

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Plantas de Cerrado Paulista são descobertas no Parque Rizzo, em Embu das Artes

Cerca de 20 espécies foram reconhecidas; Atividade prática fez parte do lançamento de livro sobre a vegetação, que sofre forte processo de extinção no Estado de São Paulo

O projeto “Cerrado Infinito”, do artista Daniel Caballero, trouxe para Embu das Artes, no último sábado (18) palestra sobre o Cerrado Paulista, lançamento de livro do projeto e ida ao Parque do Lago Francisco Rizzo para ajudar o público a conhecer e identificar espécies do bioma.

Com informações históricas, que levam a uma reflexão sobre a paisagem urbana e sua transformação, Daniel Caballero abre a palestra e compartilha com o público suas experiências de pesquisa com as plantas e a arte.

Segundo o autor, Embu das Artes foi escolhida para o lançamento do livro, intitulado “Guia de Campo dos Campos de Piratininga, ou O Que Sobrou do Cerrado Paulistano, ou Como Fazer o Seu Próprio Cerrado Infinito”, por ser uma das cidades por onde andou “em busca de plantas para o projeto, que começou em meados de 2015 e tem hoje duas estações de plantio: na Praça Homero Silva, no bairro da Pompéia, e na Escola Estadual Jardim das Camélias, Zona Leste de São Paulo”.

“Temos a preocupação de levar de volta as vegetações nativas para os lugares de origem. Cidades possuem áreas sem vegetação e áreas com vasta vegetação, mas é maioria exótica. Em um país grande como o Brasil, uma espécie da Amazônia plantada no sul será considerada exótica, pois, apesar de brasileira, está fora da sua região”, informa o artista.

BIOMA AMEAÇADO E EXTINÇÃO

O Cerrado se estende por cerca de 20% do território brasileiro, mas perde rapidamente seu habitat. No estado de São Paulo, originalmente, 14% eram de sua ocupação. Atualmente, este número encontra-se reduzido para menos de 1%.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a importância do bioma está relacionada à rica diversidade, que além de possuir abundantes aquíferos, atua na esfera alimentícia e medicinal e auxilia na recuperação do solo e áreas que sofrem erosões.

“Hoje percebemos a cidade desunida por sua vegetação. Como parte do projeto, temos a ideia fazer trilhas com vegetação nas margens, para conectar diversos pontos da cidade”, informa Daniel.

 IDENTIFICAÇÃO NA PRÁTICA

“Se encontrarmos em determinado lugar, umas 20 espécies de Cerrado, podemos afirmar que ali o bioma já foi nativo, inclusive com a presença dos animais”.

Com esta informação, o público saiu para o Parque do Lago Francisco Rizzo, região central de Embu das Artes, a fim de procurar plantas do Cerrado.

No acesso ao parque, pelo bairro Engenho Velho, o grupo se surpreendeu a cada passo da pequena trilha que conduzia ao interior. Por ela, a paisagem se transformou de capim, com plantas aqui e acolá, para um aglomerado jardim do Cerrado.

Com o uso dos sentidos visuais, de tato e olfativos, memórias foram criadas e também resgatadas da infância, como as brincadeiras com a planta “dormideira”, que fecha as folhas quando tocada.

Entre as espécies identificadas, mamona, mimosa, candeia, dormideira, quaresmeira, pixirica, orelha de onça, araçá do campo, cipó de São João, rabo de burro, carqueja, ipê amarelo, língua de tucano, gabiroba do campo e lantana roxa, foram os destaques.

O evento, realizado pela Sociedade Ecológica Amigos de Embu – SEAE teve o intuito de promover contato e vivência com as plantas, para resgatar valores históricos e culturais presentes na memória e identidade brasileira.

SERVIÇO

LIVRO: Guia de Campo dos Campos de Piratininga, ou O Que Sobrou do Cerrado Paulistano, ou Como Fazer o Seu Próprio Cerrado Infinito (Editora La Luz del Fuego, 182 pág., R$ 48);

AUTOR: Daniel Caballero;

VALOR: R$ 48,00

ONDE COMPRAR: os exemplares estão disponíveis em livrarias e no site: cerradoinfinito.com.br

SOBRE A SEAE

Criada por moradores na metade da década de 70, a SEAE atua na preservação ambiental de Embu e região, para estimular e ampliar os processos de transformação socioambiental, cultural e econômica, por meio de processos educacionais participativos e inclusivos, fomentando a atuação em políticas públicas, visando a conservação, recuperação e defesa do meio ambiente.

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