OBSERVANDO OS RIOS 2017

CLIPPING: os jornais Regional NewsGranja News, Primeiro Embuense, Portal Terra e Agência O Globo, entre outros, publicaram o nosso release com a cobertura do evento especial “Observando Os Rios”, organizado pela SEAE, com participação da SOS Mata Atlântica, Anjos da Mata Atlântica e da Vereadora Rosângela Santos. Confira:

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Movimentos ambientais se reúnem para plantio de mudas nativas em Embu das Artes

A ação, que contou com a presença da vereadora Rosângela Santos, incluiu análise da qualidade de água do Ribeirão da Ressaca, limpeza e recomposição de sua margem

A tarde do último sábado (28) foi especial para moradores e para o meio ambiente de Embu das Artes: juntamente com representantes de três entidades ambientais – Sociedade Ecológica Amigos de Embu (SEAE), SOS Mata Atlântica e Anjos da Mata Atlântica – um grupo ocupou o rio Ribeirão da Ressaca, na altura da região central, para participar do projeto “Observando os Rios” e aproveitaram para recompor a paisagem desmatada, com coleta de lixo e o plantio de cerca de 40 árvores nativas.

Vereadora Rosângela Santos em plantio de muda nativa
Vereadora Rosângela Santos em plantio de muda nativa

O legislativo da cidade esteve representado por meio da vereadora Rosângela Santos (PT), que tem demonstrado interesse nas causas ambientais: “gostaria de parabenizar pelo trabalho, quero conhecer mais a fundo e levar para mais pessoas e comunidades”, comenta.

A participação de crianças também foi outro ponto de destaque, uma vez que representam o futuro. Com curiosidade e atenção, elas ajudaram na verificação da água e também no plantio.

As mudas, nativas dos biomas Mata Atlântica e Cerrado Paulista, foram doadas por duas entidades: Anjos da Mata Atlântica, em parceria de produção com SEAE e Virada Eco, e pelo Sítio do Bello.

A iniciativa foi promovida pela SEAE, com o intuito de minimizar os impactos ambientais que a cidade vem sofrendo pelas intervenções urbanas. Margens desmatadas e com acúmulo de resíduos colaboraram para a ocorrência de enchentes este mês.

OBSERVANDO OS RIOS

grupo se reúne às margens do ribeirão da ressaca
Grupo se reúne às margens do ribeirão da ressaca

O projeto é realizado periodicamente, em parceria com a SOS Mata Atlântica, e faz parte do programa Rede das Águas, que desenvolveu um kit para mensurar aproximadamente 15 parâmetros que interferem na qualidade da água. Entre eles: níveis de oxigênio, fósforo, PH, odor, turbidez, presença de coliformes, bactérias, entre outros.

Os resultados são lançados no relatório “Retratos da Qualidade da Água no Brasil”, publicado anualmente.

Cesar Pegoraro, da SOS, comentou que tem acompanhado Embu das Artes há cerca de 15 anos e tem “orgulho de integrar o movimento, de ver um grupo de pessoas ainda sonhadoras, anda mobilizadas pelo bem comum, em busca da qualidade de vida social e da qualidade ambiental”.

A participação no projeto é livre e tem duração media de três horas. Mais informações no site: seaembu.org.

ALAGAMENTOS EMBU: ENTENDA

CLIPPING: saiu nos portais Jornal D’aquiJornal Na Net, Regional News, Granja News, Tribuna 116, Um Novo Jornal, Agência Globo, Agência Estado, Portal Terra o nosso release com a opinião de especialista sobre as causas dos alagamentos em Embu das Artes, recorrentes mesmo após as obras de prevenção da prefeitura, nos últimos meses de 2016. Confira abaixo:

Especialista aponta as causas dos alagamentos em Embu das Artes

Recorrências, mesmo após obras preventivas, podem estar relacionadas a aspectos naturais da localização da cidade, ignoradas no Planejamento Urbano

Ribeirão da Ressaca com lama nas margens, após obras para limpeza e desassoreamento
Ribeirão da Ressaca com lama nas margens, após obras para limpeza e desassoreamento

De acordo com o geólogo João Cristophe, “o agravamento dos fenômenos de inundações fluviais se deve, basicamente, ao fato de que a urbanização e o Plano Diretor não consideraram as características geológicas, geomorfológicas e geotécnicas do município”.

Ele explica que “a localização da cidade está em uma grande depressão tectônica, com acúmulos de materiais pesados e rochas muito susceptíveis a erosão; e seu relevo é enérgico, onde predominam encostas altamente inclinadas”.

Pelas particularidades, a região tem propensão natural ao acúmulo de água em época de chuvas fortes e deveria esperar os eventos climáticos com a preservação de suas áreas de várzeas, para minimizar os impactos.

Na prática, de acordo com o geólogo, intervenções significativas na paisagem, resultantes da forte expansão urbana pela qual a cidade passa, agravam o potencial destrutivo das enchentes: “obras civis, construção de galpões, impermeabilização do solo, cortes de morros e aterros das várzeas, são diretamente responsáveis pelo aumento de volume e concentração de águas superficiais e da erosão acentuada das encostas”, revela.

IMPACTOS NA PRÁTICA

As chuvas fortes que caíram na última semana, sobretudo nos dias 18 e 19, deixaram diversos pontos do município embaixo d’água. Especialmente na região central, por onde passam os rios Embu-Mirim e Ribeirão da Ressaca.

O mesmo aconteceu em anos anteriores. Em 2016, após ocorrências de enchentes no período chuvoso, moradores e comerciantes locais se reuniram com a prefeitura para buscar soluções. No último trimestre, os dois rios receberam obras para limpeza e desassoreamento, mas os efeitos não saíram conforme o esperado.

Ribeirão da Ressaca com trator em obra para limpeza e desassoreamento
Ribeirão da Ressaca com trator em obra para limpeza e desassoreamento

A condução do projeto de limpeza nos rios foi alvo de denúncias da Sociedade Ecológica Amigos de Embu (SEAE) para órgãos ambientais, por desmatamentos de mata ciliar, aterros de várzeas e depósito de resíduos nas próprias margens.

Na Rua dos Matões, paralela ao rio Ribeirão da Ressaca, moradores protestaram. “Em vez das máquinas fazerem desassoreamento, abriram as margens do rio, que ocasionaram erosões”, comenta a moradora Valéria.

A nova prefeitura tem em mãos o desafio de encontrar soluções criativas e sustentáveis para contornar o problema.

Para o geólogo João Cristophe, “não existe mágica: é preciso uma séria retomada de diretrizes na forma de um novo Plano Diretor, com propostas de ações corretivas e mitigadoras a curto, médio e longo prazo”.