VISTA ALEGRE: CRIME CONTINUA

CLIPPING – Saiu nos jornais: Portal Viva Cotia, Linhas Populares, Primeiro Embuense, Granja News, Folha do Pirajuçara, Granja Viana, e Agência o Globo o nosso release sobre os crimes ambientais no Jardim Vista Alegre. A denúncias ocorrem desde julho deste ano, mas até o momento a obra segue em ritmo acelerado, aumentando consideravelmente a quantidade de lixo e entulho. Confira:

 

Terreno do Vista Alegre, em Embu das Artes, continua com atividades irregulares

Na rua Dezoito de Julho, contaminação do solo coloca em risco a saúde da população local

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A Polícia Militar Ambiental flagrou as irregularidades denunciadas e autuou os responsáveis, além de registrar de Boletins de Ocorrência administrativo e penal.

Já a CETESB, inspecionou e abriu processo por constatar desobediência de embargo, “recepção, compactação e aterro de solo misturado a resíduos da construção civil sem as devidas licenças”.

A prefeitura embargou as atividades, mas segundo Nelson Pereira, do Departamento de Obras, elas continuam em ritmo acelerado “por dificuldade de fiscalizar e encontrar os responsáveis”.

Consequências

O lixo depositados no solo, sem qualquer controle e separação adequada, pode causar sua contaminação e das águas do terreno, incluindo todo o lençol freático (águas subterrâneas). Também colabora para produzir gases tóxicos que chegam a explodir.

Todos os fatores prejudicam a saúde e a qualidade de vida da população local, que fica indefesa.

O lençol freático contaminado, por pertencer à Bacia Hidrográfica da Represa Guarapiranga, pode poluir toda a água dessa bacia, que abastece em torno de 5,6 milhões de pessoas da capital paulista e alguns municípios da grande São Paulo.

A Guarapiranga tem seus mananciais protegidos por lei estadual e prioriza a proteção das florestas para a produção e qualidade das águas.

O outro lado

Apesar da placa no local estar em nome da Construtora Boaz Akasha, e ter o número de Protocolo da Prefeitura para Movimentação de Terra, o Auto de Inspeção da Cetesb foi emitido em nome de pessoa física, sem ligação com a empresa.

Por e-mail, a Construtora informou à Sociedade Ecológica Amigos de Embu – SEAE que faz “apenas o trabalho de levantamento topográfico, e apresentação ao proprietário. Conforme as Anotação de Responsabilidade Técnica – ART’s, que foram disponibilizadas pelo responsável técnico.” Informou, ainda, que “a empresa não executa a obra de terraplenagem, corte, aterro ou compactação de terra. Apenas o projeto”.

Relembre

O terreno foi alvo de denúncias contra o desmatamento e descarte irregular de lixo e entulho.

Localizado próximo à Rua Dezoito de Julho, no Jardim Vista Alegre, Embu das Artes, aproximadamente 16 mil m² de sua vegetação nativa foi derrubada. Segundo estudos do Instituto Florestal do Estado de São Paulo, o bioma local era de Mata Atlântica, em estágio médio de regeneração, além de pertencer a Área de Proteção e Recuperação dos Mananciais da Guarapiranga.